quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Exposição Coletiva da Associação de Fotógrafos Fototech

Quem estiver em São Paulo e puder dar uma passada para conhecer, deixo aqui o convite para uma exposição de fotografias da qual participo.

Abraços!
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terça-feira, 26 de agosto de 2014

Por trás do parabrisa

Há aproximadamente três anos – e no período de um ano, entrei em uma rotina diária no trajeto Pampulha-Savassi-Pampulha. Saía de casa por volta das 6:00 e voltava no final da tarde. Apesar do horário, o trânsito era quase sempre carregado fazendo com que a viagem fosse longa e chata.
Certo dia lembrei que o celular possuia câmera, que naqueles horários a luz era interessante e comecei, para passar o tempo nos engarrafamentos e sinais vermelhos, a série Por trás do Parabrisa.
Abaixo, uma amostra daquilo que foi produzido:
 










 





quarta-feira, 4 de junho de 2014

Qual agência vocês contrataram?

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O título acima vem de perguntas corriqueiras que me fazem: qual agência, qual guia, quem levou, qual pacote, me passa o contato do guia etc.

A resposta: “nós mesmos”, nem sempre é satisfatória aos curiosos. Para maioria, se não for algo contratado, parece que não existe outra maneira de viajar, seja para outro país que para alguns quilômetros da própria cidade.

A única vez que precisamos contratar uma agência/guia, e de certa forma me arrependo, foi especificamente para fazer a travessia da cordilheira Huayuash, no Peru. O relato da viagem está logo abaixo em uma das últimas publicações.

De um modo geral sempre gostamos de organizar nossos passeios e de nos sentir livres para mudar tudo em um minuto. Isso não quer dizer que não pegamos dicas com outras pessoas, pesquisamos na internet, livros ou qualquer outra fonte de informação disponível.

A preparação de uma viagem longa ou de final de semana é parte da própria viagem. O que para muitos é um problema, para nós é o início da atividade e curtimos ela da mesma forma. Normalmente, a preparação se inicia quando a atual está terminando, assim, estamos sempre viajando…

O básico, sem a pretensão de querer esgotar o assunto e as possibilidades, é o seguinte:

1) Quem quer sair, quer ir para algum lugar. Então, escolha o lugar.

2) Como é e quais são as possibilidades que o lugar escolhido oferece? Frio, quente, mato, areia, chuva? Hotel, camping, casa de alguém, bivaque. Museu, rafting, restaurantes, compras, trilhas?


 3) Como vou chegar no lugar? Avião, carro, ônibus, carona, bicicleta… Escolha o meio de transporte e tome as providências como saber as empresas disponíveis, horários, conexões, locadora de veículos, revisão do carro, condição dos caminhos disponíveis etc.

4) Chegando no lugar, como vou me locomover? Vale a mesma pesquisa do item 3.

5) Sabendo para onde se vai e como será a locomoção, que bagagem levar e como carregá-la? Viagens que envolvem muita locomoção a pé, a mochila é, de longe, a melhor opção. Nos outros casos, bolsas e malas ajudam, mas a mochila… é o cara.

6) Se for para outro país: verificar documentação necessária, valor do cambio, se é fácil trocar a moeda local diretamente pela sua moeda ou se será necessário adquirir outra moeda antes de viajar, se é possível usar cartão de crédito, pesquisar sobre os costumes locais e, sempre, obter o máximo de informação possível por todos os meios disponíveis. Há lugares que só o dinheiro vivo resolve. Mas é sempre bom ter além do dinheiro, o cartão de crédito e, em viagens nacionais, o talão de cheque.


Costumamos também montar uma espécie de planilha onde colocamos o que pretendemos fazer em cada dia ou o lugar onde estaremos e, se for necessário, algum lembrete sobre o local (por exemplo, não tem posto de gasolina). Antes a Stela fazia isso como um rascunho pessoal. Com o tempo vimos que ajuda bastante e resolvemos adotar em viagens maiores ou mais complexas. Embora pareça que esse tipo de organização trave a viagem, na verdade, pelo menos para nós, ajuda bastante a tomar decisões sobre mudanças.

A partir dos itens acima já é possível ter uma ideia geral do que é necessário para organizar uma viagem. Cada item pode ser detalhado à exaustão de acordo com o rigor ou necessidade de cada um ou com o nível de complexidade que cada lugar pode exigir.

Viagens ou passeios que envolvem contato com a natureza demandam cuidados e planejamento bem específicos. Mesmo para esses não costumamos contratar agências ou guias. Mas como é um assunto mais complexo, vou deixar para outra publicação, não necessariamente a próxima Smiley piscando.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Menu de viagem: Viena, Áustria

Existe um aspecto nas viagens que me fascinam: descobrir detalhes peculiares e pequenos tesouros nos lugares que visitamos. Muito além das marcos turísticos e fotos de cartão-postal, existe uma infinidade de sensações, sons, cheiros e gostos a experimentar. Eu gosto de me esgueirar por ruelas, ver prédios famosos pela parte de trás, ir a feiras, supermercados, ver as pessoas andando em praças... E, em meio a essa gama de possibilidades, uma das minhas atividades favoritas é descobrir lugares interessantes para comer. Não me atraem muito os lugares cinco estrelas apontados pelos guias de viagem, cheios de turistas, caros e nem sempre tão bons assim. Eu gosto de observar onde as pessoas locais estão indo, puxar papo com taxistas para pegar dicas ou com uma senhora sentada ao seu lado no ônibus. Com um pouco de tempo e conversa, as pessoas em geral se abrem, passando a te ver como uma visita na casa deles. Outro método é sair caminhando a esmo, observando os restaurantes, as pessoas que estão lá e vendo se estão à vontade e se parecem felizes.

Bom, pode não dar nada certo e ser uma grande furada, mas, algumas vezes, pode ser deliciosamente surpreendente. Você pode aprender coisas que nunca seria capaz se não ousar sair do programa estabelecido pelo pacote turístico. E, além do prazer em descobrir e comer bem, também gosto de chegar de volta em casa e tentar preparar novamente o que experimentei. De forma bem intuitiva, adaptada, sem receita. Somente baseado nas lembranças de sabores, cores e texturas, tentar recriar o momento em casa.

E é sobre esse meu prazer que gostaria de falar nesse blog. Vou contar para vocês sobre os lugares que experimentei (os bens sucedidos, pelo menos) e as receitas que fiz em casa, tentando reproduzir o que descobri. A ideia é inspirá-los a também sentir o que senti na ocasião e dar alguma dica de sabores diferentes e restaurantes que valem a pena ser conhecidos, se vocês estiverem passando por essas cidades.

E na estreia, um prato de massa bem simples que experimentei em Viena - Áustria...

Dentre as que conheço, talvez Viena seja a cidade que mais gosto. Talvez seja porque gosto muito de história, sinto uma conexão especial com ela. Andar naquelas ruazinhas do centro é mágico... é realmente possível sentir o passado presente.

Eu não gosto da comida típica da Áustria, muita fritura, vinagre, salsicha. Wiener schnitzel, um bife de vitela ou porco à milanesa, é muito bom, mas pesado demais para comer sempre. Naquela noite, eu estava à procura de algo mais leve e gostoso. Nesses casos, minha escolha quase sempre são as massas. Permite uma variedade quase infinita de combinações de ingredientes e adoro achar ideias novas.

Então, lá fui eu caminhar pelas ruas sinuosas nos arredores da Karntner Strasse, à procura de um lugar interessante. E me chamou a atenção um restaurante italiano bem característico na Ballgasse, chamado Zimolo. O restaurante é bem charmoso, gostei bastante do ambiente, pessoal simpático. Escolhi um tortelline com recheio de queijo na manteiga com salvia fresca e ricota defumada. Nunca tinha comido salvia assim, em tanta evidência. Sempre era como um tempero distante em meio a muitos outros sabores. Mas me surpreendi com seu sabor refrescante.

Para fazer em casa, é bem fácil. Comprei um raviolli fresco com recheio de cogumelos, achei que iria combinar bem com a manteiga e a salvia. É preciso tomar cuidado ao cozinhar para não passar do ponto, já que a massa fresca cozinha mais rápido do que a seca. Derreta uma quantidade suficiente de manteiga (usei manteiga com sal) para a quantidade de massa que estiver preparando. Quando a massa estiver pronta, tempere a manteiga com salvia fresca finamente cortada e um pouco de pimenta do reino. Misture o molho na massa, com delicadeza para não soltar o recheio, monte os pratos e salpique com ricota defumada ralada no ralo grosso. Uma delícia!

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